Em comemoração à semana do meio ambiente, o tema de hoje é o uso de agrotóxicos!
Já é consenso que a utilização desses produtos é prejudicial à saúde, mas qual a real proporção deste impacto? Primeiro é preciso entender o que são agrotóxicos e para o que são utilizados.
Os agrotóxicos são produtos químicos feitos a partir de substâncias sintéticas que tem a finalidade de matar insetos, fungos, carrapatos e outras pragas. A principal justificativa para o seu uso é controlar as doenças provocadas por esses vetores e regular o crescimento da plantação.
São utilizados, principalmente, em atividades agrícolas, no setor de produção, na preparação do solo, na colheita, no depósito, nas pastagens e plantações. Podem ser encontrados vários tipos de defensivos agrícolas, como: herbicidas, inseticidas, fungicidas, formicidas, entre outros, cada um com a sua função.
O Brasil é um dos países que mais utiliza esses produtos e isso se deve, em sua maioria, pelo desenvolvimento do agronegócio. A principal preocupação é pela permissão de uso de agrotóxicos banidos em outros países, a venda ilegal de produtos proibidos, além das intoxicações e doenças pelo uso indiscriminado.
A exposição a esses defensivos pode ocorrer pela inalação, contato com a pele, com destaque para os trabalhadores que manipulam esses produtos, por pulverização e pelo consumo de alimentos e água contaminados.
Esse contato pode levar a uma série de doenças, porém isso vai depender de alguns fatores, como tipo de produto utilizado, tempo de exposição e absorção pelo organismo. Os sintomas mais comuns são:
– Pele: vermelhidão, irritação, alergia e desidratação;
– Sistema respiratório: tosse, coriza, dificuldade para respirar e ardência nasal;
– Mucosa: náusea, vômito, diarreia, dor de estômago, irritação da boca e garganta;
– Outros: dor de cabeça, fraqueza, tremores, insônia, malformação e atraso no desenvolvimento de crianças. Além disso, atuam como possíveis agentes carcinogênicos.
Como alternativa, podemos minimizar a exposição aos agrotóxicos pelo consumo de alimentos orgânicos, que são cultivados por um sistema de produção sem uso de defensivos, adubos químicos ou substâncias sintéticas, com a utilização responsável dos recursos naturais.
Outra opção é através da agroecologia, que utiliza conhecimentos científicos e populares, prezando pela sustentabilidade, biodiversidade e segurança alimentar. Apesar do valor um pouco acima do produto convencional, o custo-benefício dessas alternativas vale a pena pela sua saúde.
O importante é buscar opções melhores e mais acessíveis, como a feira do bairro, o produtor local, promoções de orgânicos no supermercado ou ter uma horta em casa. Cada pequena mudança faz a diferença!