Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), o trigo é o segundo alimento mais consumido no mundo, e faz parte da nossa dieta há mais de 12 mil anos. Só em 2017, foram consumidas mais de 740 milhões de toneladas. O grão de trigo é usado para fazer farinha e com esta, diversos alimentos, como por exemplo, o pão. É usado também na alimentação dos animais domésticos e como ingrediente na fabricação de cerveja.

O trigo é o alimento básico para mais de um terço da população mundial e contribui para quase 20% do total de calorias e proteínas consumidas, mais do que qualquer outra fonte alimentar; sendo assim, é um dos principais fornecedores de energia para o nosso dia a dia.

Segundo pesquisa feita pela Demanda (Pesquisa e Desenvolvimento de Mercado), praticamente metade do trigo usado na indústria vem da produção nacional, com o Estado do Paraná respondendo por 33%, e metade de importação com a Argentina, na liderança com 35%.

O grão é a parte mais preciosa dessa planta, é fonte de energia, vitaminas e proteínas e pode ser moída, dando origem à farinha de trigo. Para produzir a farinha de trigo, separam-se as cascas do grão. a casca da semente é utilizada para fazer ração animal e o restante segue para moagem. E então são produzidas os diferentes tipos de farinha:

– Farinha especial: a farinha especial encontrada nos mercados é produzida partir de grãos puros, onde há mínima mistura de farelo.

– Farinha de trigo: o processo de fabricação da farinha de trigo admite um pouco de mistura com o farelo da casca.

– Farinha integral: como o próprio nome diz, utiliza todo o grão no processo de moagem.

As fibras do trigo também têm um papel muito importante na nossa saúde. “Elas ajudam a melhorar a pressão arterial, a quantidade de gorduras no sangue, ou seja, o colesterol e os triglicerídeos”, afirma o endocrinologista Marcello Bronstein, professor da Faculdade de Medicina da USP.

Além de fonte de carboidrato importante, o trigo é também fonte de proteína, vitaminas, minerais e fibras, sendo que o trigo integral possui maior quantidade destas. Em sua versão integral o trigo preserva seu farelo e o gérmen, as partes que concentram fibras, vitaminas do complexo B e sais minerais. E o gérmen, considerado uma parte nobre do trigo, é rico em vitamina E, que atua como um antioxidante no organismo

Os carboidratos são nossa principal fonte de energia. Quando ele é digerido, transforma-se em glicose, o combustível para todas as nossas funções vitais, para o crescimento e para a reparação dos tecidos. Uma dieta pobre em carboidratos causa transtornos como sensação de fraqueza, desânimo e até mesmo falta de concentração. “A glicose é fundamental para o bom funcionamento do cérebro e para manter o bom humor.

Antes dos exercícios, os carboidratos fornecem energia para o corpo. Depois, ajudam na recuperação ao repor o glicogênio, que é o estoque de energia dos músculos. Se esse estoque não é recomposto, perdemos massa muscular. Sem eles, podemos sentir falta de energia logo no começo do treino, além de fadiga, dor de cabeça, irritabilidade e câimbra.

O consumo equilibrado de carboidratos integrais, ajudam a manter o nível de glicose no sangue estável. O farelo do trigo, por exemplo, é rico em fibras solúveis, que trazem dois benefícios: retardam a absorção dos carboidratos pelo intestino, ajudando a controlar a entrada de glicose no sangue, e ajudam a controlar os níveis de colesterol.

Porém, sabemos que o trigo que consumimos hoje em dia não é mais igual ao que se comia nos últimos 10.000 anos. As variedades iniciais sofreram diversos cruzamentos genéticos ao longo dos anos, gerando a espécie mais cultivada atualmente, a Triticum aestivum, que possui mais de 25.000 variedades. Àqueles que possuem doença celíaca (intolerância ao glúten), alergia ao trigo ou sensibilidade ao glúten não celíaca, podem utilizar o trigo sarraceno como substituto.

O trigo sarraceno não é um cereal como o trigo comum. Ele é uma semente, e se destaca principalmente por não conter glúten, além de ser muito nutritivo. Ele apresenta proteínas de alto valor biológico, fibras alimentares, amido resistente, vitaminas, sais minerais, ácidos graxos essenciais, flavonoides (como a rutina e a quarcetina), substâncias com funções antioxidantes, anti-inflamatórias e anticarcinogênicas.

 

Essas informações não dispensam o acompanhamento de médicos ou nutricionistas.

 

Conteúdo elaborado por: Júlia Campos (auxiliar em nutrição)
Nutricionista Leticia Alves
CRN₁₀: 5884